Conceição, 37 anos, de Salvador, mas residindo em Lauro de
Freitas - Ba
“Isso tudo está mexendo com minha saúde mental aponto de não
conseguir produzir. Não disponho de ânimo e nem humor para assistir ou ler
mensagens no Whatsapp. Estou perdendo várias chances de inserção em grupos e
movimentos dos quais tinha feito seleção. Tenho feito terapia (acompanhamento
antes mesmo da pandemia) mas tem 27 dias que não consigo falar com a
profissional para marcar a nossa conversa. (Eu bloqueiei)
E isso tem acontecido por diversos fatores. Não consigo
aceitar a morte de tantos e sair dizendo que está tudo ou que tudo irá melhorar
(melhorar com lembrança ou sentindo de falta?). O danoso é saber que os
administradores são uns canalhas sem competência e humanidade. Não sei se irei
conseguir da continuidade a dissertação e me pergunto o que ela será diante de
todas estas notícias?
Não sei como acordarei amanhã, porque o futuro é tão
incerto.
O funcionamento do meu organismo está desajustado. Tem dias
que o suor toma meu corpo em dias de chuva com temperatura de 23 (foi caso de
ontem aqui na cidade de Lauro de Freitas-Ba). Tem dias que sinto frio como se
estivesse no Alasca.
Tem dias que morro de vontade de ligar para minhas amigas
entre 11h a 6h da manhã. Mas sei que elas estão cuidando e ajeitando a vida
delas. Foi o que aconteceu hoje às 5h manhã liguei e depois enchi de mensagens
para minha irmã (que por sinal está sendo meu aparador.) "Sabe aqueles
dias que ser fica mendigando uma boa conversa.
É hoje!”
Então esta pandemia está me matando...não vou por conta asma
e sim por conta desta prisão sem direito a julgamento.”
Acompanhe as nossas redes e veja como as mulheres pretas de várias regiões do Brasil estão lidando com as mazelas potencializadas pela pandemia mundial.
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#pandemiadoracismo
#mulherpretaemluta
#falaadelina
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